TURNOVER e FELICIDADE NO TRABALHO
Você é feliz no seu trabalho?
O que faz você ficar num determinado emprego?
O que faz você trabalhar diariamente numa determinada empresa?
Se sua resposta for o “salário”, te pergunto: Por que, então, em empresas que pagam bons salários – muitas vezes até altos salários comparando com outros lugares de uma mesma cidade – ainda tem um alto turnover (índice que mede a taxa de rotatividade de funcionários)?
É a liderança que não atende as expectativas dos liderados? São os liderados que não tem a proatividade suficiente para buscar os líderes em momentos de dúvidas ou esclarecimentos no decorrer do trabalho a ser realizado?
É o gestor que não está conseguindo administrar o tempo para ter, de fato, um tempo para ouvir membros da equipe?
É a falta de reuniões constantes de alinhamento da equipe?
É a cultura da empresa que não está tão bem esclarecido para todos os integrantes da corporação?
São essas e outras perguntas que nos fazem pensar e buscar uma solução para a rotatividade das pessoas.
Tem muitos pontos a serem levados em consideração, mas…me vem um questionamento, que até acredito ser a base para as perguntas acima: Você está feliz onde está?
Ou, mais além: O que é a felicidade para você? No trabalho, o que te faz feliz?
Isso me lembrou de um livro que li recentemente que se chama Satisfação Garantida – Aprenda a fazer da felicidade um bom negócio. O livro é de 2017, tem um certo tempo e continua bem atual. Num dado momento o autor conta que já tinha muito dinheiro, que comprou tudo o que queria e precisava e no tempo livre se sentia “introspectivo e pensativo”.
Na sequência, ele diz: “Fiz uma lista dos períodos mais felizes da minha vida e percebi que nenhum deles envolvia dinheiro. Percebi que construir coisas e ser criativo e inventivo me fazia feliz. Ligar para um amigo e falar com ele a noite toda até o sol nascer me fazia feliz. […] …felicidade é realmente apenas viver a vida.”
Com essa reflexão, fico pensando que muitas vezes depositamos expectativas no outro que, muitas vezes, não serão atendidas. Que isso pode gerar frustração. Primeiro que criar expectativa não e tão legal, embora eu saiba que acontece. E muito.
Segundo que, vale ter um tempo para você mesmo, você gestor, você colaborador, CEO, CFO, C-level, ou qualquer cargo que seja, para se comunicar consigo mesmo. Sim, um momento de introspecção, de olhar para aquilo que te faz bem ou que não te faz bem, para aquilo que funciona, para o que não funciona para você, para o que te faz ou não feliz.
A partir do momento que você consegue e sabe se comunicar consigo mesmo, com seus desafios e com suas alegrias, você consegue e sabe se comunicar com o outro. Sendo “o outro” o seu colega de trabalho, o seu chefe, o seu diretor…enfim, a outra pessoa com quem você trabalha, que também tem (ou pode ter) os mesmos desafios que os seus.
De novo: O que te faz feliz? Já parou para pensar nisso?


