VOCÊ LIDERA COMO VOCÊ É
”Nós somos o nosso modo de liderar.” Brené Brown
Com esta frase, a autora de A Coragem para Liderar, afirma que liderar é um comportamento e não apenas um título.
Lideramos a partir de quem somos e não somente do que fazemos. É ter consciência de quem se é, ser congruente com o que se faz para liderar a si e os demais.
Liderar é saber quem você é, em sua completude. Conhecendo a si, com suas fraquezas (eu diria “pontos de melhoria”), fortalezas, com suas emoções, vulnerabilidade, com tudo aquilo que você acredita (suas crenças) e que reflete diretamente na maneira como você inspira, guia e influencia pessoas.
Só se consegue liderar o outro quando você tem a consciência do que você está fazendo na sua vida. De quem você está sendo.
Ter a fala e a ação congruentes para tudo estar em alinhamento: as suas atitudes, a sua sintonia com o time, com as oportunidades que surgem e, antes disso tudo, com a sua própria saúde mental. Se você quer ter um cargo melhor, se você quer ser reconhecido pelo seu time – e também pelos seus superiores, você precisa cuidar de você em primeiro lugar. O que você expressa, o modo como se comporta perante suas atividades físicas, alimentação, postura, expressão verbal e não verbal.
A sua liderança promove mudanças significativas no seu time, a partir do momento que você enxerga oportunidades de aplicar o que você aprende, seja em palestras, em eventos, em conversas que mudam a forma como você enxerga a vida.
Saber de si próprio favorece a sua vulnerabilidade, tornando suas escolhas conscientes de que você pode pedir ajuda, solicitar apoio quando necessário. Que fraqueza é se sentir autossuficiente o tempo todo e que coragem é sim saber se posicionar, saber solicitar esse apoio para você executar tudo aquilo que você busca realizar na sua vida, seja na área profissional, pessoal e em todos os lugares e posições que você lidera.
A vulnerabilidade e a coragem caminham juntas.
Uma te ajuda a chegar longe, com seus defeitos e qualidades e a outra te coloca em lugares que te desafiam a ser você mesmo, mesmo quando tudo parece “desmoronar”. Mesmo quando parece que vai ficar mais desafiador e praticamente sem solução.
Mas é nesse ponto que a força da adaptabilidade e da resiliência para continuar a dar a chance para si e para os liderados serem quem eles são, de modo que todos olhem para o mesmo objetivo: o direcionamento assertivo das metas estabelecidas.
Entenda: as metas aqui referem-se à questões práticas para se atingir um ponto, um objetivo. A conversa aqui não abre questinamento para sobrecarga e metas inatingíveis; não é isso.
Voltemos: adaptabilidade e resiliência combinam bem com a autoconsciência. Se você sabe se adaptar aos ambientes – desfavoráveis – e souber conversar com as pessoas que mais te desafiam, tendo aquelas conversas difícieis, sendo firme nas suas opiniões e direção do todo, a resiliência com certeza “bateu a porta” de maneira serena e objetiva.
Por este motivo, ter consciência da maneira como você se lidera faz muito sentido para o que acontece no dia a dia da empresa na qual atua.
A pergunta que fica é: você lidera a partir da congruência (fala e faz) ou do desleixo (fala, mas não faz)?



