Comunicação. Está aproximando ou afastando do seu objetivo?
Como tem sido sua escuta?
E você pode estar me perguntando: O que isso tem a ver com a comunicação, Anne?
Eu explico:
Comunicação não é só o que eu falo; é também o que eu escuto. A tal da escuta ativa.
É estar presente para ouvir, para escutar, de fato, o que a outra pessoa está te falando.
Nesta escuta tem você consegue captar a dor do outro, o que o outro está querendo mesmo dizer.
A comunicação eficaz se faz com base no que eu falo abertamente para o outro. De modo que seja educado, que seja bom para mim, para o outro e para os demais. Pensar num bem maior, em algo que vai construir, é a riqueza da comunicação.
É permitir que o ambiente fique / torne-se/ seja leve, tranquilo. Porque quando eu falo o que precisa ser falado, comunicando o “óbvio”, a tendência é que as coisas se alinhem e o ambiente se torne melhor.
Quanto ao óbvio, SIM, ele PRECISA ser dito!
O que é óbvio para você pode não ser para o outro.
E vice-versa.
Já vi muitos projetos, em escritórios de engenharia, estarem comprometidos com seu andamento por conta da obviedade de uns que achavam que o colega já tinha entendido tudo – sem nem mesmo falar.
Cabe lembrar que cada um tem seu tempo e que as pessoas tem velocidades de raciocínio diferentes.
E tá tudo bem ser assim.
Todo mundo já teve o seu dia 1. O primeiro dia de aprendizado de alguma coisa.
Vale trazer alguns pontos comuns que acontecem em empresas, em relação à comunicação (ou a falta dela):
1) Falta de alinhamento da cultura da empresa com os recém chegados;
2) Falta de reuniões constantes entre a equipe (líderes e liderados) e entre setores.
3) Falta de um estudo de perfil comportamental inicial (ou na entrevista inicial e também no decorrer das funções que se apresentam ao longo da carreira dentro da empresa).
4) Ambientes monótonos e sem estímulos de motivação, produtividade e, muitas vezes, sem espaços de descanso, de descompressão. Para todos os integrantes da hierarquia da empresa.
E como resolver isso tudo, Anne?
Alinhar expectativas. Conversar. Comunicar.
Muitas vezes a prioridade fica no operacional e não no processual. E não na valorização dos integrantes das equipes, ou seja, as pessoas.
São elas que fazem acontecer diariamente o que acontece na empresa. Claro, a inteligência artificial e a robotização vem para somar em alguns processos, mas, ainda assim, a maior parte de quem faz acontecer na empresa são pessoas. É por meio de pessoas.
Reuniões semanais ou quinzenais contribuem, e muito, para o andamento e alinhamento da equipe. Alinhamento de expectativas pode acontecer sempre que achar necessário…uma vez no dia, na semana…antes de acontecer um conflito. Se o conflito aconteceu antes do alinhamento, alinhe. Simples assim. Converse com a pessoa (ou pessoas, no plural mesmo) com a qual teve atrito, coloque seu ponto de vista de forma leve, educada, fluida. Controle suas emoções nesse momento para não extravasar e acabar partindo para um atrito maior. Não se faz necessário. O alinhamento serve justamente para colocarem os seus pontos de vista, de forma tranquila, de modo que as duas partes se entendam e que o ocorrido não venha a se repetir.
Reuniões de feedback one a one, quando o líder e liderado se encontram frente a frente e numa conversa serena e franca, se é colocado os pontos positivos e pontos de melhoria. Reuniões mensais para andamento dos projetos, para compartilhar com a equipe os próximos passos rumo a novos negócios. A ideia de um pode contribuir muito com a ideia do outro. Seja ouvinte!
Entenda o perfil dos seus liderados, gestores! Liderados, entenda o perfil do seu gestor!
Buscar o autoconhecimento contribui, e muito, no entendimento do outro. Quanto mais eu sei de mim mesma, mas eu entendo do outro. Pode parecer estranho, mas é assim que funciona. Caso não tenha percebido ainda, experimente!
Quanto mais eu entendo de mim, do meu perfil comportamental, do que me agrada ou não, mais inteligência emocional eu tenho e mais eu sei lidar com o outro afim de somar, de agregar, de fazer com que o outro se sinta pertencente àquela equipe.
Então, primeiro passo: entenda de si para entender o outro.
Quanto aos ambientes, ao que diz a arquitetura de interiores e, também, das pessoas que ali habitam por algumas (boas) horas do dia, o bem-estar se faz essencial.
Distribuição dos espaços, iluminação, cores… espaços de descanso… siiim, tudo isso contribui para a produtividade! Ambientes bem planejados proporciona um aumento de 20% na produtividade das pessoas. É bastante, concorda?
Pensa num ambiente com a natureza dentro, com plantas bem verdinhas, com cores harmonizadas no piso, nas divisórias…com o teto com um material que estimula a criatividade, com formas orgânicas, remetendo a uma brisa leve que faz com que se sinta num ambiente leve e tranquilo como uma… praia? Serra? E as cadeiras do escritório promovendo uma postura correta, nobre, sem causar dores no corpo ao longo do dia. Uma mesa de café que proporciona uma conversa breve com o colega de trabalho de outro setor? Um espaço de descanso para depois do almoço ou para aquela conversa rápida e particular no celular?
Siiim, tudo isso é possível de ser feito! Mesmo com pouco recurso financeiro, é possível adaptar os estímulos necessários para a motivação da equipe com os recursos disponíveis da empresa. E um dos principais fatores que contribui para mudança de qualquer ambiente, ao meu ver: a MUDANÇA DE MENTALIDADE!
Mudando a perspectiva de que se investe e não apenas se paga, de que é um benefício a longo prazo e não um “mero prazer imediato”, é nítido (e mensurável) os ganhos com a modificação arquitetural, ergonômica no ambiente. Espaços mais verdes, com a ajuda da biofilia (conceito de afinidade inata com a natureza), proporcionam bem-estar, fluidez, calma das pessoas que ali utilizam o espaço. Portanto, investir na melhoria dos ambientes é garantia de retorno sobre investimento. Ganho de produtividade, de motivação, de melhor desempenho das pessoas. E, consequentemente, melhores resultados para sua empresa.
Fica a pergunta: O que você que você tem comunicado no seu espaço corporativo? O que tem escutado? Ou melhor, você tem escutado também?
E a comunicação, num geral, tem aproximado ou afastado do objetivo da empresa? (Cabe perguntar também: Você sabe qual o objetivo da sua empresa? Independente se você é líder ou liderado, gestor ou colaborador.)
Me conta aqui nos comentários como tem sido a comunicação na sua empresa e o que você achou deste texto.
Até o próximo post!



